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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Demens


Em algum lugar não muito longe daqui,
Existe um assassino causando dores,
Este homem bebeu em meu copo,
Não posso mais provar desse vinho,
Preciso buscar novas terras,
Eu não estarei sozinho no fim.

 Não há mais prazer no que a mãe nos diz,
Ela nos faz sentir suas ações,
Mas vou tentar viver para ver os fatos,
Um falso nos fala agora,
- Vamos cuidar dela!
No trono o rei observa tudo e proclama,
- O homem não merece ser homem!

 E eu vos digo,
Ainda vamos desfrutar dela como demens,
A estrada está pronta,
basta continuarmos rumo à destruição.

 (Marcelo Velozo)

Reduções

Todas essas pequenas reduções me fazem ficar em silêncio,
Em algum lugar eu me dividi e me encontrei sem sentido,
Todas essas pequenas reduções me fez ser Deus uma vez,
Todos esses pequenos abandonos me fez criança de novo,
As vezes sinto que vou tocar o céu mas estou com pés na terra,
As vezes sou falso dentro da própria mentira.

 Todas essas pequenas reduções me transformam em deserto,
E lá esta uma voz me chamando e eu delibero,
Todas essas pequenas defesas me golpeiam,
E essa estrela que ilumina meu caminho para o deserto cheio de mim mesmo,
Todas essas pequenas reduções me diz errare humanum est,
Todas essas pequenas reduções fez desaparecer o meu insignificativo.

 ( Marcelo Velozo)

Rendida

Porque essa mulher rendida está me olhando?
Porque sua alma me quer?
Ei, porque você está me observando?
Saiba que sua felicidade está ao meu lado.

Porque você não deixa minha mente?
Ei, porque contínua a me olhar?
Porque me constrange tanto e mesmo assim estou apaixonado?
Sua felicidade está contida em minhas respostas.

Diga porque me olha?
Talvez seja o seu silêncio causado por uma ignorância exterior,
Neste momento sua razão tem que ser maior que o seu medo.
Confesse, esse silêncio não te perturba?O super-homem te silencia?
Ele é a indústria da sua dor ou produz sua felicidade?

( Marcelo Velozo)

Felicitate

A preocupação de todos é como um conselho,
Um tiro na fotografia da satisfação,
O pesar é que ela não sangra nem morre,
O sonho das brincadeiras são apenas palavras,
No jardim do desejo onde ninguém semeia,
Não há futuro diante da verdade.

 A mentira que você afaga em seus braços,
Como uma criança estranha,
Irá crescer como sua dor,
O tempo é um círculo, ele voltará,
A explicação é uma benção não dita,
Aos que querem um motivo para viver.

 O pecado é uma instigante e maravilhosa forma de iludir,
Seja eu ou o conselheiro, todos sucumbimos a ele,
Vamos para a cidade do desejo, você vem?
Não recordo do simples fato onde é,
Ele está onde quiser, eu o encontrarei,
O prazer ainda é o atalho mais rápido para a felicidade.

  ( Marcelo Velozo)

Encontros e desencontros

Sempre te quis, mas não demonstrei
Nunca mais te vi depois que te amei
Nunca soube por que te perdi
Sempre soube que não naveguei
Talvez seja porque o mar não espera.

 Hoje tive a certeza que ao te perder ganhei
Talvez pela incerteza da vida ou quem
Sabe foram às ondas dos pensamentos
Que me fez recolher diante do tempo
Hoje mudei meu coração para um caminho
Estreito que ainda não conheço.

 Talvez seja porque o romance está morto
Hoje o silêncio se fez presente em minha dor
Talvez porque pessoas como você não tenham escolha
Hoje é mais um dia e não nos encontramos
Dentro dessa mentira
Hoje talvez o sentimento torne-se
Fugaz e caia levemente na rua dos desencontros.

  ( Marcelo Veloso)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

O caminho do meio

Supostas ruas me viram contornar as razões
E iniciar o futuro patético de sonhos
Comprados pelo desespero, nada para indagar
Suborno para possuir o sono da absolvição
Repetindo mais um dia com barbitúricos
Para a cama me aceitar com meus problemas
Continuar louco com intenção de obter um laudo
Que sou escritor da lucidez.

Dirigir a tranqüilidade da ação extrema
Do que eu não posso ser todo o tempo
Maneiras de publicar uma identificação
Precoce sobre vítimas, só há uma!
Fazer tudo de novo, em novas ruas
Permanecer onde estive não basta
Vou seguir o caminho do meio até o retorno.

( Marcelo Velozo )

A breve vida

A mancha sempre será a memória
Daquela noite
Contar minha vida não seria fácil
Os tesouros cravados na coroa
Da insanidade, que dá vida as coisas bobas
Que me faz lembrar de ti
Consumido pelo absinto, a lua
Exibindo sua glória
A lição da manhã é árdua
Esquecer não é possível.


A fumaça modula uma cortina
Para morrer a cada respiração
Buscar uma saída é o mesmo que
Dizer adeus
O ar da mudança não é uma conversa
E nem te sentir perto de mim
A gravidade é você em meus braços
Eu sei que depois queremos a alma
Mas ela não nos pertence
Já que o amanhã é único
Deixemos a tristeza da tentação
Conhecer a solidão que é ser eterno
Isso é tudo!.

 ( Marcelo Velozo )